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Tendências que não uso de jeito nenhum - Meu passado me condena

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Alguns preceitos do mercado de moda podem passar despercebidos por pessoas como eu e você, que estamos vivendo as nossas vidas e de vez em quando precisamos renovar algumas peças no guarda-roupa e aí, vamos às lojas. Porém, as tais tendências de moda são ciência e o que vemos nas vitrines são resultados de muito tempo de pesquisas e cálculos, você sabia?

Quando vamos escolher as peças de roupa que teremos em nosso closet, precisamos ser conscientes! As roupas não podem aparecer lá sem querer, entende? Parece bobeira mas quantas vezes você não se viu usando peças de um estilo  por uma temporada, acreditando que aquele é o seu estilo, até o momento em que as coleções mudam e você sente que precisa de roupas novas, porque aquelas que você tem não te representam mais!


Se você se sente assim, provavelmente você é uma pessoa fortemente influenciável sem perceber! “Mas Renata, como posso saber se estou sendo vítima de uma tendência?”


Vou te explicar um pouco sobre como são as regras desse jogo, existem alguns nomes dados aos fenômenos das tendências. Um é o efeito trickle down que funciona da seguinte maneira: nesse modelo, vemos um movimento já desatualizado da moda, essa sequência se deu nos ciclos da moda mais ou menos até os anos de 1960. Quem tem renome e importância fica no topo da pirâmide, influencers ditam moda, tudo que vestem e como vestem vira uma tendência, que aos poucos vai sendo absorvida pela população em massa.

Então, podemos entender que essa tendência nasce em meio a poucas pessoas, de forma mais conceitual e exclusiva, e aos poucos vai sendo diluída até chegar na grande massa.


Um outro modelo é o BUBBLE-UP. Esse modelo é a pirâmide acima, mas ao contrário, toda a tendência é criada por algum movimento estético que nasce na rua e tem como influência, por exemplo, o streetwear, os punks, entre outros. Resumindo, começa de baixo para cima.


Já o modelo que vemos com maior frequência no mercado de moda atual é a TRICKLE ACROSS. Nesse modelo vemos uma troca real entre o que grandes marcas e referências que vem da rua (mais especificamente nas redes sociais). Todos os tipos de consumidores acabam entrando em contato com as peças de maneira simultânea. Tem informação de street style, tendências das grandes marcas e tudo sendo apresentado pelas donas da influência nos dias em que vivemos, as redes sociais. 


Esse mix de referências e inovações acontecendo concomitantemente faz com que muita gente se sinta perdida olhando para o seu guarda roupa e sempre infeliz com o que encontra lá. E, como conhecimento liberta, entendendo isso hoje eu tenho consciência ao que eu decido colocar no meu closet, mas, principalmente, o que eu não me deixo influenciar e não entra!


1 - Roupas destroyed 


Sim,  já usei jeans destroyed, porém hoje não tenho mais esse tipo de peça no meu guarda-roupa. Definitivamente não agrega elegância e no final, acaba sendo bastante desconfortável, quem nunca vestiu uma dessas calças e enfiou o pé no buraco e estragou a calça inteira? Essa estética destroyed começou a aparecer com mais força na década de 70. O visual, bem gasto e "destruído", era um símbolo de rebeldia e da juventude da época. 

Esse movimento dos jovens transformou o que antes era motivo de vergonha dentro da sociedade, que era vestir uma roupa rasgada, em orgulho. Entendendo a mensagem por trás de um jeans destroyed e indo além, em toda essa tendência ugly beauty, podemos entender que um joelho ralado pode sim ser um símbolo contra o que é verdadeiramente belo! Posso estar indo além, mas camisetas com furos e acabamentos desgastados não passam uma imagem alinhada e isso não tem como se relativizar.


2 - UGGs e Crocs


O conforto acima da estética também não me ganha! Mesmo porque é possível alcançar os dois sem apelar. Existem peças que também são capazes de me proporcionar muito conforto dentro de uma aparência muito mais aprazível. Cá entre nós, quem escolhe essas peças não está prezando somente pelo conforto. Mas quer transmitir a mensagem de que o conforto é mais importante para ela do que qualquer coisa. Já pensou nisso? 


Essa supervalorização do ócio e da procrastinação tem levado gerações à falência antes mesmo de terem saído da casa dos próprios pais. Uma adolescência perpétua, eterna, é isso que vemos quando olhamos para homens usando bermuda e crocs o dia inteiro.


O Crocs nasceu de uma idéia nas mentes de 3 amigos que velejavam, eles queriam  um calçado perfeito para usar em barcos: confortável, antiderrapante e que não acumulasse água. Descontentes com os produtos que existiam no mercado, eles resolveram desenvolver um modelo próprio. Foram brilhantes e o produto realmente cumpre o que sua forma propõe, mas na minha opinião, eles podem ficar dentro dos veleiros! Mas não, o povo adaptou para usar na vida, a até um salto deu jeito de colocar!


Já as Botas UGGs, que a propósito nasceram aqui na Austrália, conseguem trazer uma série de benefícios e vantagens funcionais sim, até ao ponto de eu entender perfeitamente o uso em lugares frios e com neve, mas, mesmo assim, além de deselegante, pode trazer malefícios se usada sem critério!


O excesso de conforto que ela proporciona pode acabar com os pés de quem usa, muitos ortopedistas são contra o uso, porque esses sapatos não suportam o pé, e usá-los regularmente pode levar a pés chatos e doenças nos tendões.


Mas o fato é que, dentro da minha comunicação de imagem a elegância e polimento são qualidade essenciais então não uso nem usarei de maneira alguma nem UGGs nem Crocs! 


3 - Roupas ou acessórios Neon


Neon tb é uma trend, uma tendência,quem não lembra do desespero em neon que foram os anos 80, naquela época o neon era praticamente uma exigência para a moda jovem e quem, como eu, tem mais de 30 anos, vai  lembrar da era dos clubbers, quando o neon fez seu retorno! 


Volta e meia essa coloração fantasia, extremamente vibrante e luminosa, volta às campanhas das grandes marcas e também para o gosto da juventude principalmente, e como aparentar ser o mais jovem possível é o objetivo moderno, o neon acaba bombando. Mas ele está bem longe do que eu gosto em termos de cores para mim!  Minha cartela favorita e também harmônica é repleta de tons naturais, aqueles que você encontra na natureza e no seu próprio corpo. Essa trend neon não me cativa, não uso!


4- Camisetas com estampa infantil 


Mais uma vez, uma escolha relacionada à comunicação visual. Para minha ID, uma camiseta com frases ou desenhos não são peças indicadas, mesmo sem falar em estilo ou gosto, esse tipo de peça já não me favorece por conta de sua modelagem mesmo. Agora, entrando no âmbito da comunicação, uma camiseta com expressão gráfica e infantilizada não comunica elegância e ponto. Se é esse seu objetivo, comunicar elegância, corra desse tipo de roupa, assim como eu.


5 - Lingerie aparente 


Já usei, mas não uso mais. Nem aparente sem querer e nem aparente de propósito! Aparente sem querer é quando você coloca aquela belíssima blusa de seda e o seu sutiã de renda fica todo marcado nela, ou quando você usa uma regata no verão e a alça do seu sutiã fica ali aparecendo junto com a alça da regata. O resultado final não é uma imagem polida. Um bom sutiã no seu tom de nude ou marsala, de qualidade, resolve o primeiro caso e, no seguindo, o melhor é usar um tomara que caia! 


Já a proposta do sutiã aparente eu não uso pois acredito que, por ser uma peça íntima, deve ser preservada dos olhares de todos! Hoje, vemos várias produções chamando sutiãs de renda de top, de cropped. Mas, se você avaliar, é sutiã e pronto! Não julgo quem usa, em muitos casos realmente acho até bonito o resultado, porém, para mim, é exposição demais e eu prefiro preservar minha intimidade.


6 - Cropped


Na mesma linha de raciocínio do sutiã aparente! Cropped é barriga de fora, e barriga de fora é exposição do corpo, então não uso. O cropped é uma peça de roupa que teve origem em 1930, como traje de banho, e foi entrando timidamente nas décadas posteriores. Nos anos 1940, ele era acompanhado com saia midi de cintura alta para destacar a silhueta feminina. Depois, foi usado com hot pants, também de cintura mais alta. Realmente, quando só aparece uma pequena faixa da barriga com o movimento não acho feio, porém, prefiro não usar. Mais uma vez, usa quem quer, estou dividindo com você o que EU não uso e o porquê, caso você ame cropped, seja feliz!


7 - Unhas decoradas


Gosto das minhas unhas naturais e relativamente curtas, com uma aparência limpa e clean! É assim que eu gosto e me sinto confortável, na minha opinião, unhas cheias de decorações e muito longas acabam com a imagem elegante de uma mulher!


8 - Calça saruel


Quer deformar um corpo? Use calça Saruel! Não tem quem salve essa modelagem, misericórdia!  Não uso e não consigo achar que alguém deva usar! E cuidado com a influência porque elas estão voltando com força.


9- Leggings 


Objeto: treino. Somente. Não uso para sair, para ficar em casa, mas, uso sim quando estamos falando em praticar exercício! Para malhar, uso mas para compor looks para o dia a dia, jamais! Caso eu queira uma peça bastante próxima ao corpo, prefiro a calça montaria que tem um tecido mais grossinho, zíper, fecho e não é tão colada no corpo.


10- Tênis esportivos 


Mais uma vez, uma peça que uso para o fim dela, que é exercício físico/ esporte, mas para o dia a dia, não! Você não vai me ver de tênis esportivo no meu dia a dia, porém tênis eu uso sim, um modelo mais delicado, que tem haver com meu estilo e me traz conforto, sem deixar minha imagem muito informal.


Aliás, o All Star que é um tênis bastante polêmico e que não é vinculado a uma imagem elegante, cansou de ser cool e resolveu se refinar! O que eu mais uso é o da Lacoste!


Beijos e até o próximo post!

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